segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

AFINAL COMO DEFINIR A CONSCIÊNCIA? E SERÁ QUE EXISTE ESSA TAL ALMA?


Esses dias, depois de ler as deliberações de Christopher Benek e de. Zoltan Istvan a respeito de AIs terem crenças religiosas, fiquei intrigado, tentando imaginar quando essas coisas incríveis vão finalmente acontecer, e pensei comigo mesmo "bem, acho que o primeiro sinal de que as máquinas religiosas estão prestes a surgir será o dia em que a primeira máquina realmente consciente for identificada por nós"... e então travei nessa questão: "Ei, será que já somos capazes de realmente reconhecer quando uma "coisa" se torna um "ser"? Digo isso porque num passado recente costumávamos dizer que só os seres humanos possuem consciência, porém nas últimas décadas passamos a constatar que os golfinhos, macacos e até mesmo os cães são seres conscientes ... então, como podemos ser tão precipitados a ponto de assumir que nós mesmos capazes de julgar se algo é consciente ou não, se nem ao menos chegamos a uma conclusão definitiva sobre O QUE É A CONSCIÊNCIA?! [E se você acha que sabe o que é a consciência, por favor leia o artigo no link abaixo, e exploda a sua mente! :) ]

E aqui nós chegamos a um outro obstáculo que, tanto a ciência quanto a religião precisam confrontar:
Seriam talvez a consciência (para os cientistas) e a alma (para os religiosos) uma mesma coisa? E mesmo se não forem, ou ou outro poderiam apontar as razões para acreditar nisso? Parece que ambos os lados ainda não possuem uma definição sólida dos suas próprias hipóteses/crenças. Afinal, ambos os conceitos, consciência e alma, ainda são conceitos nebulosos, cobertos pelos véus do mistério e da ignorância ... e há um longo caminho, que só teremos alguma esperança de descobrir respostas se caminharmos juntos (ciência e religião), e é por isso que eu tenho tanta fé em Transhumanismo Cristão (ou qualquer outra crença religiosa que decida dar as mãos para a ciência e o transhumanismo).

Sabemos que o simples fato de uma máquina um dia entrar numa igreja e pedir ao pregador "Ei mano, eu sinto que tenho uma consciência. Como posso salvar a minha alma digital?" não é uma prova sólida de que essa máquina realmente tem uma alma. E a habilidade de aprendizagem independente e elaborar perguntas de forma autônoma também não é uma prova de que existe uma consciência ou uma alma (ou é?). Além disso, um perfeito robô vencedor de um Teste de Turing pode provar apenas a sua capacidade de imitar o comportamento humano, mas também não é uma prova cabal de que possui uma consciência ou uma alma (ou é?).
Então, o que estou tentando dizer é que: tão crucial quanto a nossa preocupação atual sobre como lidar com uma possível IA religiosa, é a preocupação em buscar, o mais rápido possível, todo o conhecimento necessário para deixar preparados, e verdadeiramente capazes de sermos capazes de reconhecer uma máquina consciente quando esta máquina finalmente nascer. E afinal, nas palavras dos filósofos do artigo anexado: "quem pode garantir que nossos smartphones já não são uma espécie de sere consciente?"

Segue o link para o artigo original "Por que as maiores mentes do mundo ainda não conseguiram resolver o mistério da consciência?" (ainda vou providenciar a tradução em português):
http://www.theguardian.com/science/2015/jan/21/-sp-why-cant-worlds-greatest-minds-solve-mystery-consciousness


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